Neste dia da Grávida vamos falar de um assunto que assusta quase todas as grávidas, não só pelo aumento de peso que pode ocorrer nesta fase da sua vida, mas também porque se quer proporcionar a maior segurança ao bebé que está dentro da sua barriga.
Não é de estranhar que a gravidez seja chamada de “estado de graça” porque é uma das fases da vida mais bonitas, mas também exige muitos cuidados, sendo que um deles esta nos cuidados com a alimentação. Além de ser necessário garantir que o bebé recebe todos os nutrientes, é igualmente importante a mãe manter-se saudável, já que a alimentação pode ajudá-la a prevenir o aparecimento de doenças como a diabetes gestacionais.
O primeiro passo para saber qual o melhor plano alimentar para si deve passar por falar com o médico que acompanha a gravidez e mesmo pelo acompanhamento de um nutricionista. Este poderá traçar-lhe um plano alimentar adequado às suas preferências e dar-lhe dicas de receitas saudáveis.
O aconselhamento médico e nutricional deverá ser, sempre, apoiado pelo seu historial clínico, que deve ter disponível exames e análises clínicas. E existe uma análise específica que não pode faltar nunca e que poderá ter um grande impacto na sua alimentação: o teste da toxoplasmose. Esta é uma infeção que pode ser transmitida ao feto através da placenta, pelo que deve ter alguns cuidados.
Se o teste relevar que a grávida não está imune à toxoplasmose, o que significa que pode vir a contrair essa infeção, deve ter particulares cuidados na alimentação, que são facilmente incluídos na sua rotina, nomeadamente alimentos crus.
Mas não fique assustada, é muito fácil de gerir este tipo de situação, contudo é importante saber:
Uma forma de transmissão da toxoplasmose é através da ingestão de frutas e legumes que normalmente são consumidos crus, como a alface ou os morangos. Por isso, é aconselhável que as frutas e os legumes que consumir sem serem cozinhados sejam muito bem lavados. Comer esses alimentos fora de casa pode representar um risco acrescido porque não sabe como são lavados.
O consumo de carne crua e malpassada também deve ser evitado. Também as carnes fumadas como enchidos, salsichas ou fiambre fumado não são aconselháveis para quem não é imune à toxoplasmose.
Mesmo que seja imune à toxoplasmose e possa continuar a consumir alimentos crus, esse não é o único motivo pelo qual pode ter de redobrar cuidados nos seus hábitos alimentares. Há alimentos cujo consumo deve ser moderado na gravidez.
Se é uma pessoa que não dispensa um ou dois cafés por dia, pode continuar a fazê-lo. Mas o consumo de café também deve ser moderado. Já no caso dos refrigerantes o problema pode estar no açúcar que essas bebidas têm e os seus conservantes.
Pode substituir os refrigerantes por sumos naturais, pois têm mais vitaminais e minerais.
Há uma forma de garantir que tudo corre bem na sua alimentação: optar por refeições saudáveis e ao mesmo tempo saborosas, que reúnam proteínas, verduras e hidratos de carbono, especialmente cozidos ou grelhados, o que vai permitir-lhe satisfazer as suas necessidades nutricionais e sentir-se bem.
Outro aspeto fundamental é manter bons níveis de hidratação, sendo desejável mesmo sem estar grávida, para o bom funcionamento do organismo, a eliminação de toxinas e o normal funcionamento dos rins.
Para as grávidas a água é ainda mais importante, uma vez que melhora a circulação sanguínea, estabiliza a pressão arterial e previne infeções urinárias. Além disso, mantém o líquido amniótico em níveis adequados.
Deve assim manter a hidratação diária para o bom funcionamento do organismo.
Artigo elaborado pela Nutricionista Ipharma – Inês Morais (C.P. 2794N)