O Dia Mundial da Diabetes celebra-se a dia 14 de novembro, e por isso nunca é demais voltar a falar deste tema que se revela cada vez mais importante na sociedade atualmente.
E porquê? Porque a verdade é que o desconhecimento ainda é muito grande por parte da população o que se traduz, em muitos problemas crónicos, sendo que a diabetes tipo II, que responde a cerca de 90% dos casos, é resultado de uma associação de fatores. Assim, prevenir e controlar a doença exige a adoção de um conjunto de medidas.
Senão vejamos, a diabetes já é considerada uma epidemia mundial que representa um encargo enorme nos sistemas de saúde e a sua prevalência em Portugal é muito elevada! Este facto levou a OCDE a indicar, no seu relatório sobre saúde de 2017, Portugal como um dos países com a taxa de prevalência da diabetes mais alta da Europa!
Em Portugal, de acordo com o Programa Nacional de Diabetes de 2017, estima-se que em 2015 a prevalência de diabetes no território nacional foi de 13,3%, com cerca de 44% dos portugueses população ainda não diagnosticada.
Daí a importância deste artigo! Para vos alertar! A diabetes tipo II é uma doença silenciosa que se vai manifestando devagar e sem dor, mas que pode acabar com consequências graves e difíceis de gerir.
E o que a maior parte das pessoas desconhece, e que é de imensa importância, é que quase 60% da prevenção se faz apenas uma alimentação e dieta adequada ao indivíduo e às suas necessidades, complementada com uma atividade física regular e, na maioria dos casos, à farmacoterapia, sendo estes os pilares do controlo desta doença.
A terapêutica nutricional é a mais reconhecida ferramenta essencial no controlo global da diabetes tipo II, mas não existe um padrão generalizado. Isto faz com que as recomendações sejam que cada pessoa tenha uma terapêutica nutricional adequada à sua situação e que cada doente participe de forma ativa na autorregulação, educação e planeamento da sua terapêutica com o nutricionista que o acompanha, e que inclui o desenvolvimento colaborativo de um plano alimentar individualizado.
Parece fácil, não é? Infelizmente não é tanto assim… O que normalmente acaba por acontecer é que os hábitos alimentares anteriores interferem muito na adesão à nova dieta! Para além disso, também os aspetos emocionais e de apoio familiar, questões socioeconómicas, ausência de diagnóstico, desconhecimento sobre complicações da diabetes, negligência e falta de motivação são alguns dos vários fatores que influenciam a tratamento, e que podem afetar a forma como o doente encara a necessidade de aderir e adotar um novo estilo de vida.
Artigo elaborado pela Nutricionista Ipharma – Inês Morais (C.P. 2794N)