Que tipo de queda de cabelo tenho?

2 de Outubro, 2023

Tem dificuldade em distinguir o seu tipo de queda de cabelo? Este é o ponto de partida para que possa escolher o tratamento e medidas mais adequados para travar esta situação. Neste artigo, vamos resumir os principais tipos de queda de cabelo.

1. Queda de Cabelo Genética

Alopecia Androgenética/ Queda de Cabelo Padrão Feminino representa a causa mais comum. Resulta de uma redução da fase de crescimento do Ciclo de Crescimento do Cabelo (Fase Anágena) e consequente aumento dos fios em fase de repouso (Fase Telógena).

No caso da Alopecia Androgenética, principal causa de queda de cabelo nos homens, estamos perante uma atrofia folicular motivada pela testosterona, que se expressa numa redução do tamanho dos folículos e, deste modo, no diâmetro dos cabelos produzidos. Os primeiros sinais podem surgir no início da idade adulta, sobretudo se há antecedentes familiares. Visualmente, estamos a falar de situações em que há um alargamento das regiões com falha, mais acentuados nas têmporas e na coroa e, em certos casos, restando apenas cabelo na zona lateral e na nuca. Pode afetar também mulheres, na fase da menopausa, devido à diminuição de estrogénios que permite maior ação da testosterona.

A Queda de Cabelo Padrão Feminino, distribui-se de forma uniforme pelo couro cabeludo, resultando visualmente no efeito chamado “Árvore de Natal”.

2. Eflúvio Telógeno

Falamos agora de um outro tipo de queda de cabelo: o Eflúvio Telógeno, muito comum em mulheres e geralmente causada por agressões externas (stress, acontecimentos traumáticos, oscilações hormonais, gravidez, pós-parto ou medicamentos). Corresponde a uma transição prematura de folículos em fase de crescimento para a fase de repouso. Pode ser agudo, com aumento pontual de queda de cabelo, ou crónico, onde há um afinamento capilar gradual, mas trata-se de um distúrbio temporário.

3. Alopecia Areata

A Alopecia Areata representa um terceiro tipo de queda de cabelo, que pode afetar apenas o couro cabeludo (Alopecia Total) ou do corpo (Alopecia Universal). Ocorre, geralmente, entre a adolescência e os 30 anos, e afeta tanto homens como mulheres, com um aspeto de pelada. Resulta de uma resposta autoimune ou está associada a stress, e tem uma progressão rápida, mas que pode ser revertida espontaneamente.

4. Alopecia de Tração

Passamos à Alopecia de Tração, mais conhecida como queda de cabelo por stress. Consiste no enfraquecimento e quebra do cabelo, ao longo da sua haste.

5. Tricotilomania

A Tricotilomania, outro tipo de queda de cabelo, consiste na perda ou dano do couro cabeludo através de puxões ou torções, repetidos, associados a impulsos obsessivo-compulsivos. É mais comum nas crianças e ocorre com duas vezes mais frequência nas mulheres do que nos homens.

6. Alopecia Cicatricial

Chegamos ao último tipo de queda de cabelo: a Alopecia Cicatricial, mais conhecida como queda de cabelo com cicatrizes, associada a destruição dos folículos capilares. Quando resulta de uma doença é denominada por Alopecia Cicatricial Primária, mas quando está associada a um processo externo indireto é chamada por Alopecia Cicatricial Secundária. Visualmente, a pele fica com aspeto despigmentado ou translúcido, acompanhado, por vezes, por inflamação.

Perante a suspeita de queda de cabelo, é importante consultar um especialista, que identifique o tipo de queda de cabelo e defina um plano de tratamento adequado.

O diagnóstico de Alopecia Androgenética ou Areata pressupõe o acompanhamento médico específico. Para corrigir as zonas afetadas pela perda de fios, existem atualmente técnicas cirúrgicas de transplante.

Noutros tipos de queda de cabelo, poderá ser recomendada a toma de suplementos ou aplicação tópica de produtos que restabeleçam o equilíbrio capilar e estimulem os folículos, disponíveis nas nossas farmácias.

Quando identificados, é fundamental atenuar ou eliminar fatores externos que possam conduzir à queda, como por exemplo, stress, alterações hormonais ou medicamentos.

Existem, ainda, outros tratamentos mais específicos (mesoterapia, laser e/ou eletroestimulação).

Artigo elaborado pela Farmacêutica Ipharma – Dra. Patrícia Cardoso

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