Rosácea e Sol: o que fazer?

4 de Julho, 2023

Pele do rosto ruborizada, vasos sanguíneos visíveis (telangiectasias) e sensibilidade cutânea são algumas das características da pele com rosácea. Para além destes sinais visíveis, a rosácea é também caracterizada por sintomas como sensação de ardor, picadas, calor e dor.

Rosácea, que deriva do latim rosaceus e que significa cor-de-rosa, afeta maioritariamente mulheres e pode ser um motivo para uma baixa autoestima e isolamento social. A autoestima é importante em todo o ser humano, esteja ele ou não, numa condição de doença e ainda há muitas pessoas que acreditam que o rubor facial está única e exclusivamente relacionado com o consumo excessivo de álcool. Este estigma aumenta se a pessoa com rubor facial for do sexo masculino.

A rosácea afeta cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a National Rosacea Society (NRS), e apesar de ter uma componente genética é muito condicionada pela componente ambiental (poluição, calor), social (stress), alimentar (comida picante e álcool), entre outros.

Como podemos proteger-nos e qual o melhor protetor solar para esta patologia cutânea?

Uma boa rotina de pele, com produtos específicos e que atenuem os sinais e sintomas é essencial, mas o uso de protetor solar pode fazer a diferença.

Segundo a American Academy of Dermatology (AAD) a exposição solar é a principal causa das crises de rosácea. A radiação solar para além de piorar os sinais e sintomas da rosácea também promove uma diminuição na síntese de colagénio e elastina, enfraquecendo a estrutura da pele. A AAD recomenda o uso de proteção solar com Fator de Proteção Solar (FPS) igual ou superior a 30. A opção mais conservadora para a escolha do tipo de protetor solar assenta em escolher protetores solares com filtros inorgânicos (óxido de zinco e/ou dióxido de titânio), silicones (dimeticone) e proteção solar de largo espectro contra a radiação ultravioleta A e B (UVA e UVB). Escolher um protetor solar sem fragrância poderá também ser algo a ter em consideração já que a maioria das fragrâncias contêm alérgenos que são suscetíveis de exacerbar a vermelhidão ou até mesmo provocar uma crise de rosácea. No entanto, e para os menos céticos, a ciência evolui e já existem protetores solares para peles sensíveis ou com rosácea que tanto podem ser orgânicos, inorgânicos ou mistos. Estes, com fórmulas mais minimalistas e algumas delas testadas em peles sensíveis e com rosácea, são muito bem tolerados.

Outros cuidados passam por diminuir o tempo de exposição solar e escolher horários em que a radiação é menos intensa, abusar da sombra, usar chapéu de abas largas e óculos de Sol (porque existe também rosácea ocular). Evitar temperaturas extremas, alimentos picantes e estimulantes e reduzir o consumo de álcool e tabaco serão uma mais-valia a acrescentar.

Corar pode ser bom e bonito em algumas situações da nossa vida, mas em excesso pode afetar muito a socialização. Peça ajuda ao seu médico ou farmacêutico aquando da escolha de produtos cosméticos para esta condição de pele mais específica, incluindo a escolha do protetor solar.

Artigo elaborado pela Farmacêutica Ipharma – Dra. Inês Borges

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