Nutrição e Saúde Oral

16 de Outubro, 2024

Sabia que o estado nutricional e a saúde oral se influenciam mutuamente? Neste artigo, irá descobrir como isso acontece e conhecer os três tipos de alimentos que mais e menos beneficiam os dentes.

A alimentação desempenha um papel fundamental na promoção da saúde oral. Por outro lado, uma saúde oral inadequada pode afetar negativamente o estado nutricional, condicionando o processo de ingestão de alimentos. Isto pode ocorrer devido à falta de dentes, dor, redução da produção de saliva ou alterações no paladar. Todos esses fatores resultam numa diminuição da ingestão alimentar, podendo provocar défices nutricionais.

Uma dieta desequilibrada ou insuficiente é um fator de risco para a doença periodontal, incluindo a cárie dentária. Além de promover ou prevenir estes problemas, a nutrição também influencia o desenvolvimento dos dentes, a saúde das gengivas, a mucosa e a força óssea do maxilar.

A cárie dentária é a infecção mais comum na cavidade oral, causada por bactérias que produzem substâncias ácidas, levando à desmineralização gradual dos dentes. Assim, a composição dos alimentos que consumimos regularmente afeta diretamente o aparecimento de cáries, uma vez que condiciona o pH da cavidade oral e, consequentemente, a atividade microbiana.

A relação mais conhecida entre saúde oral e nutrição é a dos açúcares fermentáveis. Estes açúcares são metabolizados pelas bactérias na cavidade oral, resultando na formação de substâncias ácidas que diminuem o pH da saliva, promovendo a desmineralização dos dentes. Este processo persiste até que a saliva consiga elevar novamente o pH oral.

Por isso, é essencial conhecermos os alimentos que podem interferir na nossa saúde oral, que se dividem em três grupos: cariogénicos, cariostáticos e anticariogénicos.

Os alimentos cariogénicos têm um elevado teor de açúcares fermentáveis, estimulando o desenvolvimento de cáries. Exemplos incluem sumos de fruta, refrigerantes, bebidas açucaradas, sobremesas, bolos de pastelaria, bolachas e todas as formas de açúcar, como mel, açúcar mascavado ou xaropes.

Os alimentos cariostáticos, por sua vez, não contribuem para a formação de cáries, pois não são metabolizados pelas bactérias, não provocando alterações no pH oral. Este grupo inclui ovos, carne, peixe, vegetais e gorduras.

Finalmente, os alimentos anticariogénicos demonstram um efeito protetor quando consumidos após os alimentos cariogénicos, uma vez que ajudam a aumentar o pH oral. Entre estes, destacam-se os laticínios, como queijo, leite e iogurtes não açucarados, que também têm um elevado teor de cálcio, favorecendo a mineralização dentária.

Assim, cientes de que devemos manter uma alimentação equilibrada e, sempre que possível, personalizada, devemos priorizar alimentos cariostáticos e anticariogénicos. Embora seja impossível evitar totalmente os alimentos cariogénicos, podemos ter consciência do que ingerimos e gerir a nossa dieta de forma a garantir um melhor estado nutricional e uma saúde oral otimizada.

Inês Morais, Nutricionista Cuido

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